Relatório feito pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) entre os meses de março e maio deste ano aponta que a operadora de telefonia celular TIM provocou desligamentos das chamadas dos consumidores do plano Infinity.
Segundo o documento, em apenas um único dia — 8 de março deste ano — um total de 8,1 milhões de usuários foram afetados, em todo o Brasil, pelo encerramento das chamadas causado pela TIM. Pelo plano Infinity, os consumidores pagam apenas a ligação, e não a duração da chamada.
Com as interrupções das chamadas, os usuários precisaram gastar R$ 4,3 milhões no dia 8 por serviços não prestados na sua totalidade, aponta o relatório.
As informações foram divulgadas pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba para o embasamento de uma ação judicial na qual o Ministério Público do Paraná pede a retomada da suspensão das vendas de chips e modems da operadora no Estado. Os promotores recorreram à Justiça para que a TIM cumpra as seis metas de qualidade apontadas pela Anatel.
A Promotoria pede que a TIM seja condenada a indenizar todos os consumidores do plano Infinity pelos prejuízos que sofreram desde seu lançamento, em março de 2009, com a devolução em dobro dos valores cobrados indevidamente pela operadora.
De 23 de julho ao dia 3 de agosto, a TIM teve a comercialização de novas linhas de celular e dos serviços de internet (3G) suspensa em 19 Estados: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins, além do Rio de Janeiro.
A punição foi imposta pela Anatel pela falta de qualidade nos serviços e atingiu também a Oi, proibida em cinco Estados, e a Claro, vetada em três.
O R7 procurou a TIM, mas não obteve posicionamento da empresa até a publicação desta reportagem.