A família do cozinheiro Everton de Andrade Silva, assassinado a tiros na porta de casa, na frente da filha de 4 anos, na última terça-feira, no Jardim Glória, em São Paulo, só tem até hoje para tentar trazer o corpo dele para ser sepultado em Maceió.
O problema é que os familiares não dispõem da quantia de R$ 4.700 necessária para fazer o traslado do corpo. Caso não consigam, Everton deve ser sepultado mesmo em São Paulo, onde morava há quase dois anos com a mulher e duas filhas pequenas.
“Nós queremos pelo menos vê-lo pela última vez, nos despedir dele”, disse emocionada Concília Maria Vieira de Andrade, mãe de Everton.
A família está chocada com o crime e clama por Justiça. Segundo informações de vizinhos de Everton, ele foi morto por supostos policiais militares que estavam à paisana e procuravam por drogas no local. Testemunhas teriam reconhecido os PMs que fazem ronda na região.
No fim da tarde da última terça-feira, Everton de Andrade Silva se preparava para mais um dia de trabalho no restaurante de luxo onde estava empregado havia 8 meses. Começou lavando pratos, mas em pouco tempo alcançara o posto de garçom.
Estava feliz. Com o dinheiro que ganhava, comprou móveis para a pequena casa onde morava e já pensava em investir em um terreno.