Com Valéria Guimarães
Valor do investimento do restauro e modernização da Biblioteca Pública Estadual foi de R$ 3.239.329,11; obra será entregue em setembro
[singlepic id=14175 w=420 h=340 float=left]Obras que representam o Patrimônio Histórico Cultural e Artístico alagoano receberam a visita do governador Teotonio Vilela, nessa quarta-feira (21). As obras da Biblioteca Pública Estadual (BPE) e do Arcebispado realizadas por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) estão em fase de finalização e foram as primeiras a serem vistoriadas. A obra de restauração física do prédio será entregue em setembro.
O secretário de Estado da Cultura, Osvaldo Viégas recebeu o governador e comitiva, juntamente com o secretário-adjunto Álvaro Otacílio Vasconcelos, a diretora da Biblioteca Pública Estadual, Maria Luiza Russo e a arquiteta Adriana Guimarães, responsável pela fiscalização da obra. Membros do Conselho Estadual de Cultura, além de representantes do IPHAN, Ufal, IHGAL, Caixa Econômica Federal, Fundação Pierre Chalita e AMA, também acompanharam a vistoria.
Além de percorrer as instalações, verificando os detalhes da obra, eles observaram a planta do projeto de Restauro do Palacete Barão de Jaraguá, prédio tombado pelo Estado desde 1985 e que este ano completa 148 anos de existência. O monumento do Patrimônio Histórico já hospedou o imperador D. Pedro II.
A nova biblioteca irá abrigar o Memorial Graciliano Ramos, a exemplo do Memorial Lêdo Ivo, localizado nas dependências do Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa).
O valor global de investimentos do restauro e modernização da BPE foi de 3.239.329,11 e faz parte do convênio firmado entre a Fundação Biblioteca Nacional (FBN), vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). A contrapartida do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), foi de R$ 822.474,11 mil.
De acordo com o secretário, Osvaldo Viégas, o processo de modernização irá dinamizar as ações desenvolvidas pela Biblioteca Pública Estadual, transformando-a em um centro cultural que promova a visitação, tornando-a mais acessível e moderna. Segundo ele, a Secult trabalhou intensamente para que Alagoas tenha, além do bem tombado restaurado e preservado, uma biblioteca moderna e dinâmica com bons serviços à disposição da sociedade.
Ainda de acordo com Viégas, a Biblioteca Pública Graciliano Ramos será reaberta à população, no dia 24 de outubro, antecedendo a VI Bienal Internacional do Livro de Alagoas, na qual a Secult, por meio da BPE realizará diversas atividades, envolvendo a vida e obra do escritor Graciliano Ramos.
Entre os serviços que estão sendo concluídos estão o assentamento da parte de marcenaria (esquadrias e rodapés), pintura, instalações elétricas e vidraçaria. A arquiteta da Secult, Adriana Guimarães, que acompanha o andamento da obra explicou que por ser uma obra de restauro, o trabalho exigiu mais cuidado, devido a sua complexidade.
“Muitos detalhes em madeira tiveram que ser confeccionados artesanalmente, pois já não existiam moldes iguais aos da época em que foi construído o prédio, a exemplo dos rodapés”, explica.
A diretora da Biblioteca Pública, Maria Luiza Russo destacou que a nova biblioteca será mais moderna e dinâmica com a disponibilização de novos instrumentos de serviços, como dois telecentros e acervo inclusivo, com publicações em braile e libras, além de salas de leituras climatizadas. Na BPE também funcionará um laboratório de preservação e restauro de livros e ainda a Coordenação do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas.
“Relevante salientar que a biblioteca será aberta com uma nova configuração, todo o prédio Barão do Jaraguá ocupado com a nova biblioteca acessível, com novos espaços, telecentro, laboratório de restauro e preservação, sendo uma instituição multicultural”, afirmou.
Arcebispado
[singlepic id=14174 w=320 h=240 float=right]O prédio do Arcebispado de Maceió, também em fase de finalização da obra, foi o segundo espaço a ser visitado. A obra foi viabilizada devido à emenda de parlamentar da bancada alagoana e com contrapartida do Governo do Estado. O investimento total da obra de restauro foi de R$ 1.112,835,79 milhão, sendo R$ 206,621,84 mil de contrapartida do Governo do Estado.
Foram investidos ainda R$ 1.250 milhão para implantação posterior de uma Escola de Artes e Ofícios. Os investimentos também são oriundos de emenda parlamentar, sendo R$ 250 mil de contrapartida do governo estadual.
De acordo com o arcebispo de Maceió, Dom Antônio Muniz, o local será o Centro Arquidiocesano de Cultura Dom Santino Coutinho, onde será criado um museu para expor o acervo da instituição que será aberto à visitação pública.
Segundo o secretário Osvaldo Viégas, o objetivo da Escola de Artes e Ofícios, é capacitar mão de obra especializada em restauros de mobiliários, azulejaria, instrumentos de sopro, esculturas, obras de artes entre outros.