APAGÃO: Governo diz que foi provocado por queimada em fazenda no Piauí
Conteúdo publicado por Divulgação em: 29/08/2013 às 6:40h.
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Com IG

Segundo ministro, incêndio em fazenda do município de Canto do Murici afetou duas linhas de transmissão

[singlepic id=14335 w=320 h=240 float=right]O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quarta-feira (28) que o apagão que atingiu todos os Estados do Nordeste foi provocado por uma queimada numa fazenda de Canto do Murici (PI). Nesse incidente, duas linhas de transmissão foram afetadas – uma da espanhola Isolux e outra da Taesa, controlada pela Cemig. De acordo com Lobão, o sistema foi restabelecido em seguida. Mas, caiu, novamente, minutos depois, afetando uma linha que interliga o resto do País ao Nordeste.

O blecaute atingiu cidades dos nove Estados do Nordeste. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o problema ocorreu às 15h03. Cidades do Piauí, Paraíba, Alagoas, Ceará, Sergipe, Bahia, Pernambuco, Maranhão e Rio Grande do Norte foram atingidas pelo apagão.

Segundo Lobão, queimadas já afetaram o fornecimento de energia no Brasil anteriormente, assim como em outros países. Apesar da dificuldade, o Lobão garantiu que o sistema elétrico brasileiro “é forte”. “Não existe fragilidade no sistema brasileiro. Isso acontece no Brasil, nos Estados Unidos e em outros lugares”, disse, afirmando que a queda no fornecimento atingiu 10,9 mil megawatts (MW).

Alagoas

[singlepic id=14336 w=320 h=240 float=left]O apagão em Alagoas provocou congestionamentos nas ruas de Maceió e prejuízos no comércio e na indústria na capital e no interior. No Distrito Industrial Governador Luiz Cavalcante, que reúne o maior número de indústrias da capital alagoana, com 125 companhias, os prejuízos somam R$ 300 mil por hora somente com perdas na produção, conforme o presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial (Abedia), Gilvan Leite.

“Se forem contabilizados os prejuízos com matéria-prima perdida, máquinas avariadas, esse custo é imensurável”, ressaltou. Até as 18 horas – três horas depois da pane -, a energia ainda não havia sido restabelecida no polo industrial, o que elevou o prejuízo para quase R$ 1 milhão.

Na avenida Fernandes Lima – a maior via de Maceió -, os semáforos desligados provocaram engarrafamento e transtornos. Em alguns pontos, agentes da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) tentavam controlar a situação. Ônibus atrasaram e muitos passageiros permaneceram horas nas paradas, à espera de transporte.

Com exceção da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) – que se encontra de recesso -, instituições de ensino da capital e do interior cancelaram as aulas da tarde e muitos alunos foram para casa mais cedo. Em Arapiraca, o segundo maior município do Estado, o comércio fechou as portas mais cedo. Às 18 horas desta quarta-feira, a cidade – que ainda sofria com a falta de energia – parecia vazia.

Fortaleza

Em Fortaleza, manifestantes acampados no Parque do Cocó controlaram o trânsito no cruzamento mais congestionado da cidade (avenidas Santana Júnior e Antônio Sales) durante o apagão. Na ausência de guardas de trânsito, foram eles que fizeram as vezes de agentes. Em outros cruzamentos da Aldeota, bairro nobre da capital cearenses, frentistas, seguranças, motoristas e até uma pedestre controlaram o tráfego com os sinais apagados.

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