CAPITAL: Traficantes ordenam que escolas não tenham segurança armada
Conteúdo publicado por Divulgação em: 30/08/2013 às 17:19h.
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Com Tribuna Hoje

Motoristas do transporte escolar também são intimidados por criminosos

[singlepic id=14355 w=320 h=240 float=right]A violência chegou com mais intensidade em centenas de escolas da rede pública de Alagoas. Em Maceió, a situação mais preocupante estar naquelas unidades de ensino localizadas, na parte alta de Maceió, e em comunidades mais carentes da cidade.

Denúncias expostas por coordenadores Regionais de Educação (CREs) do Estado, durante uma reunião no Comando de Policiamento da Capital (CPC), com membros do Batalhão de Policiamento Escolar (Bpesc), dão conta de que os traficantes estão mandando e desmandando em bairros críticos de Maceió.

O coordenador da 14ª CRE, responsável por 33 escolas da parte alta da capital, Israel Nicolau da Silva, foi enfático ao afirmar que pelo menos 300 alunos estão sendo prejudicados por ordens de traficantes de impedir que o transporte escolar entre no Conjunto Denisson Menezes, Gama Lins, Lucila Toledo, entre outros.

Ele denuncia que a Escola Maria Ivone, que fica situada no Conjunto Inocoop, no bairro Cidade Universitária, recebe alunos dos conjuntos citados, mas como há disputa por território, diante das dezenas de bocas de fumo no local, as crianças ficam impedidas de estudar por não residirem no Conjunto Inocoop.

“Os motoristas do transporte escolar estão sendo ameaçados por traficantes, então o trabalho deles e o estudo das crianças fica comprometido. É preciso fazer alguma coisa e rápido para inibir a ação destes criminosos”, observou o coordenador.

Outro ponto denunciado pelos coordenadores ao comandante do Bpesc, major Paulo Eugênio, dava conta da ordem de traficantes de não permitir a segurança armada em escolas da rede pública nos finais de semana e no período noturno.

“Os traficantes já deram ordem lá na Escola Otacílio Holanda, que fica por trás do Makro, de não usar segurança armada, se descumprir vai ter retorno”, pontuou Israel Nicolau.

Alagoas conta com 244 escolas da rede pública

O coronel Newton Bóia, comandante do CPC, ouviu a situação explanada pelos coordenadores e ações foram detalhadas para combater a criminalidade nas escolas que estão localizadas em áreas críticas de Maceió.

“Tivemos o informe de que até funcionários de escolas estão repassando informações privilegiadas aos traficantes, isto não pode acontecer, a comunidade escolar deve estar envolvida em assuntos pedagógicos e não ligados ao crime”, frisou Bóia.

[singlepic id=14356 w=320 h=240 float=left]Segundo o major Paulo Eugênio, 15 escolas estão classificadas dentro da média de muito críticas, e, por esta razão o reforço será maior nestas. “Não podemos dizer agora quais são estas escolas para não atrapalhar o andamento das ações de prevenção, mas no total são 15, e estão em bairros da periferia, como: Vergel do Lago, Jacintinho, Chã da Jaqueira, Clima Bom, Cidade Universitária, entre outros”, explicou.

Entre as ações de prevenção nas escolas estão: a Rede de Proteção Escolar, que atua na mediação de conflitos, os Projetos ‘Amigo do Aluno’ e ‘Paz na Escola: é Possível’. O Bpesc também contará com o apoio do Bope – Batalhão de Operações Especiais e da Radipatrulha.