Com GazetaWeb
[singlepic id=13289 w=320 h=240 float=right]Tristeza e comoção marcaram o enterro do pequeno Felipe Vicente da Silva, de 2 anos, cujo corpo foi encontrado em uma cova rasa, na manhã desse sábado (29), no conjunto Cleto Marques Luz, Tabuleiro do Martins. Familiares se reuniram para o sepultamento na tarde deste domingo (30), no Cemitério de São José, no Trapiche da Barra. O corpo foi enterrado sem o resultado do exame de DNA e o laudo cadavérico, de acordo com o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Luis Mansur.
Apesar da confirmação da família quanto à veracidade do corpo, o Laboratório Forense da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) – responsável pelo exame de DNA – ainda iria analisar o material coletado por médicos legistas e, posteriormente, encaminhar o resultado ao IML, para a confecção do laudo cadavérico e a emissão do atestado de óbito, a fim de liberar o corpo para o sepultamento.
“Então é caso de CSI, porque a feitura de todo o material demanda tempo e, ainda, não tínhamos previsão para liberar o corpo. Porém, o médico pode ter liberado através de uma guia de sepultamento”, argumentou Mansur, após ser informado do enterro por meio da reportagem.
Revolta
Em meio à indignação e revolta, familiares deram o último adeus ao menino que desaparecera da casa da avó, no último dia 16. Nenhum parente quis falar com a imprensa e, ao final do enterro, a avó de Felipe passou mal e teve que ser retirada do cemitério.
O sumiço da criança estava sendo investigado, inicialmente, pela Delegacia Especial dos Crimes contra a Criança e o Adolescente, comandada pela delegada Bárbara Arraes. Após a grande repercussão do fato, a Polícia Civil designou os delegados Denisson Albuquerque e Antônio Henrique. Várias testemunhas já tinham sido ouvidas.
O delegado Denisson afirmou à imprensa, nesse sábado, que a mãe da criança é suspeita no caso por negligência, visto que o menino já havia sumido em outra ocasião. Entretanto, ele não descartou outros suspeitos, afirmando ter recebido informações sobre eles e revelando que foram requisitadas imagens de segurança de estabelecimentos e de residências próximas ao local onde o cadáver foi encontrado.
Desesperados, os familiares já tinham alertado que pediriam apoio da Polícia Federal (PF) no sentido de reforçar as buscas e descobrir o que realmente aconteceu com o garoto. O Conselho Tutelar do Tabuleiro do Martins também está acompanhando o caso.