Adriano não soube aproveitar as inúmeras oportunidades que o Corinthians ofereceu. A constatação é da diretoria alvinegra, que lava as mãos e garante ter feito o que podia para recuperar o futebol do Imperador.
“O Corinthians fez de tudo para ajudar o Adriano. Isso foi colocado até mesmo por ele e por seus representantes na reunião que tivemos. Chegamos à conclusão de que seria melhor encerrar o contrato e seguir a vida”, explicou o diretor de futebol Roberto de Andrade, à Rádio Globo.
O Corinthians chegou a confiná-lo por quase duas semanas no CT Joaquim Grava, com alimentação e descanso severamente controlados para perder peso. Ao anunciar o “castigo”, o Timão deixou bem claro que o jogadorprecisava dar sua parcela de contribuição, o que aconteceu, mas por pouco tempo.
Adriano ficou visivelmente mais leve – disse na semana passada que precisava perder somente mais 2 kg -, começou a se destacar nos treinos e foi escalado três vezes como titular neste ano, com um gol marcado. O retrocesso, porém, acabou de uma vez com a paciência do técnico Tite.
O centroavante, que rescindiu seu vínculo em comum acordo com os dirigentes, estava prestes a completar um ano de clube. Neste período, foi multado duas vezes por faltar a treinamentos e jamais atingiu a forma física ideal, tendo participado de apenas oito jogos, com dois gols marcados.
“A contusão no tornozelo, com certeza, atrapalhou”, acrescentou Roberto de Andrade, lembrando que o jogador rompeu o tendão de Aquiles da perna esquerda antes mesmo de estrear e tentando não dar declarações fortes sobre a conduta do camisa 10 fora das quatro linhas, que foi colocada mais uma vez sob suspeita quando Tite anunciou que não iria aproveitá-lo na partida do último sábado, contra o Guarani.
O clube diz que não houve qualquer ato de indisciplina desta vez. “O Corinthians sempre foi sincero para falar qualquer coisa sobre o Adriano, nunca escondemos nada. O que aconteceu na semana passada foi aquilo que nós já havíamos falado. Ele não treinou de forma satisfatória e o Tite resolveu tirá-lo do jogo. É claro que isso não seria motivo para quebrar o contrato, mas foi uma gota d’água em um copo que estava quase cheio”, justificou o dirigente.
Considerado uma poderosa peça de marketing quando chegou, Adriano agora é aconselhado apenas a buscar a retomada de sua qualidade técnica. “Ele é um grande jogador, isso é inegável. Foi um reforço que não deu certo, normal. Cada um segue sua vida agora, que ele seja feliz”, completou Roberto de Andrade.
Como estava inscrito na Libertadores, Adriano não poderá defender outra equipe no torneio. Sem ele, restam 24 atletas disponíveis para o Timão até o fim da primeira fase.
Fonte: Gazeta esportiva.net