Já ouviu falar na lenda urbana japonesa intitulada “Momo”? Pois é, essa figura, que, na verdade, é chamada Ubume, se transformou em “febre” entre adolescentes e jovens na internet. A assustadora imagem de uma mulher de cabelos pretos longos e olhos saltados para fora causa medo em qualquer um. Porém, a nova “moda” é ter coragem para conversar com o “fantasma” por meio do aplicativo WhatsApp. O problema é que isso pode acabar com o roubo de informações pessoais localizadas no smartphone do usuário.
A figura da “Momo” que vem circulando nas redes sociais diz respeito à escultura da Ubume criada pelo artista japonês Keisuke Aisawa, especializado em efeitos especiais, e que a produziu especialmente para a exposição Ghost, exibida em 2016 pelo museu Vanilla Gallery, que fica no bairro de Ginza, em Tóquio, no Japão.
Essa personagem estranha viralizou na internet logo após ser compartilhada por importantes blogueiros, youtubers e digital influencers do mundo inteiro.
Agora, os jovens estão adicionando o número de telefone da “Momo” [(313) 3**-2035], que, apesar de estar ligado a uma lenda urbana japonesa, fica localizado no estado de Michigan, nos Estados Unidos. O desafio, segundo os internautas, é manter uma comunicação com o “espírito” por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp. Uma vez contactada, “Momo” pode responder com ameaças violentas e até demonstrar que tem acesso às informações pessoais do usuário.
Justamente a inclusão de um contato desconhecido e a troca de mensagens no app podem representar um risco em potenciável para o dono do telefone celular. “São técnicas que chamamos de engenharia social, em que se tenta enganar o usuário, neste caso, aproveitando a curiosidade de saber o que acontece se você adicionar esse número”, diz Camilo Gutiérrez, da empresa de segurança digital ESET, em entrevista para a Agência Sputnik. Ele completa, dizendo que essa ação acaba levando à entrega de dados pessoais, mesmo sem perceber.
Para evitar ser vítima desse tipo de armadilha, o especialista recomenda manter as contas nas redes sociais fechadas para o público em geral; ter apenas conhecidos na lista de conattos ou amigos; e compartilhar o mínimo possível de informações pessoais em conversas com estranhos.
(com Agência Sputnik)