Guarda Municipal: gastos enormes e estranhos contrastam com privilégios
Conteúdo publicado por Divulgação em: 20/09/2013 às 8:59h.
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Agentes contavam com dois meses de férias, folgas de três dias e gratificações para os ‘Amigos do Rei’

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Na capital mais violenta do Brasil, não há apenas distorções entre a quantidade de policiais militares que estão nas ruas e superlotam os gabinetes da Assembleia Legislativa ou do Executivo. Na Guarda Municipal, 65 homens e mulheres “guardavam” um único prédio: a Vila Olímpica Lauthanay Perdigão, no Graciliano. Outros 25 “guardavam” o mercado público, no Centro.

A Guarda Municipal tem 800 homens e mulheres. A função específica é oferecer segurança preventiva dos bens, serviços e instalações, do poder público municipal. Mesmo assim, havia gente demais em lugares de menos. E gastos enormes e estranhos.

Era comum uma equipe encher o tanque de gasolina e, no outro dia, ao final do trabalho, entregar a viatura com o tanque vazio. Alguns guardas- os “amigos do Rei”- tinham escalas generosas de trabalho: um dia e três de folga. Quem não tinha pistolão? Que carregasse o serviço público nas costas.

E era assim mesmo: não havia controle de ponto- olha a Assembleia Legislativa criando filhotes- adicionais noturnos distribuídos sem controle (para os “amigos do Rei”). E trabalho para que? Alguns tinham dois meses de férias; outros carregavam licenças médicas ad eternum, um luxo para poucos- pouquíssimos- guardas municipais. Outros ainda andavam armados, quando o porte de arma ainda é proibido aos guardas de Maceió.

A categoria tenta emplacar duas propostas: fardamento novo e a liberação do porte de arma. O secretário de Segurança Comunitária, coronel Edmilson Cavalcante, abriu licitação para o fardamento e pistolas teaser- usadas sem controle nos protestos de junho, no Rio e São Paulo.

O coronel diz ainda que acabou com os privilégios.

A pergunta é: o guarda-funcionário deve oferecer um crédito de confiança ao PM Edmilson?