Com agências de notícias tnh1
[singlepic id=13944 w=420 h=340 float=left]A política de “fazer justiça com as próprias mãos” nunca esteve tão presente nas ruas de Maceió. Somente nesta semana, dois casos de linchamento aconteceram no bairro da Jatiúca. Populares detiveram e espancaram homens acusados de assaltos logo após a prática dos roubos. Os atos de violência foram registrados em vídeo e fotos e ganharam repercussão nas redes sociais.
Para a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB-AL), o linchamento é “barbárie” e não deveria existir em pleno século XXI. “Isso é coisa da Idade Média e é um reflexo dos altos índices de violência no estado e na capital, a cidade onde morrem mais jovens proporcionalmente no país. A solução é investir em mais policiamento”, pontuou o presidente da comissão, Daniel Nunes.
Segundo ele, Alagoas necessita de mais 5 mil policiais. Entretanto, o último concurso realizado irá convocar, inicialmente, mil soldados para a PM. “O sistema de segurança pública não funciona adequadamente”, completou.
Os casos chamam atenção da própria Polícia Militar, que diz não compactuar com este tipo de conduta. “A população está revoltada, mas isto não é legal. Quando a polícia chega e encontra uma situação como essa, o local e a vítima são preservados. Se a pessoa estiver muito ferida, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência [Samu] é acionado, e só depois se leva para a delegacia”, explicou o comandante geral de Policiamento da Capital, coronel Neuton Boia.