Unidade Corporativa de Assessoria de Imprensa
Sistema Federação das Indústrias do Estado de Alagoas
(FIEA, SESI, SENAI e IEL)
De Brasília, onde participa de reunião na Confederação Nacional da Indústria (CNI), o empresário José Carlos Lyra de Andrade comentou a pesquisa ‘Retratos da Sociedade Brasileira – Problemas e Prioridades para 2016’, que a entidade divulgou nesta terça-feira, 26. Segundo a pesquisa, o brasileiro está cada vez mais preocupado com a corrupção e com os impactos da crise econômica.
“A corrupção gera todos os demais problemas que o País enfrenta, da violência à deficiência na saúde, na educação” – disse o presidente da Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea). Com base no levantamento feito pela entidade nacional da Indústria, Lyra disse que a crise econômica, cuja origem está na corrupção, reflete diretamente na vida dos cidadãos e, consequentemente, agrava problemas como o desemprego, e desacelera o desenvolvimento.
De acordo com o levantamento, 65% das pessoas consideram a corrupção o principal problema do Brasil. O item aparece em primeiro lugar na lista dos problemas extremamente graves de 2015. Em 2014, ocupava a 3ª posição, e em 2012, a 4º.
As drogas e a violência aparecem em 2º e 3º lugares entre os problemas extremamente graves, citados por 61% e 57%, respectivamente. A lentidão/impunidade também cresceu no ranking e passou do 6º para o 4º lugar de 2014 para 2015. A saúde veio em 5º. O Ibope Inteligência, a pedido da CNI, entrevistou 2.002 pessoas, em 143 municípios, entre os dias 4 e 7 de dezembro de 2015.
Preocupada com a crise econômica, a população também passou a se incomodar mais com a inflação e com o desemprego. A inflação, que chegou a ocupar a 16ª posição entre os principais problemas em 2012, há dois anos vem preocupando os brasileiros com mais intensidade. Em 2014, foi o 5º principal, e em 2015, o 6º. O percentual de brasileiros que citaram a inflação como um problema extremamente grave cresceu de 29%, há três anos, para 46%. Já o desemprego passou de 11º lugar em 2014 para 6º no ano seguinte, empatado com a inflação. Em apenas um ano, saltou de 32% para 46% o número dos que o colocaram como um problema extremamente grave.
PRIORIDADES – A CNI também perguntou aos entrevistados quais devem ser as prioridades para o governo em 2016. Há dois anos, controlar a inflação surge como a segunda principal prioridade para o ano. Fica atrás apenas da necessidade de melhorar os serviços de saúde, que aparece no topo das prioridades desde 2013. A novidade foi o combate à corrupção, que passou de 5º lugar em 2015 para 3º. Empatado em terceira posição, surge a promoção da geração de empregos.
PROBLEMAS E PRIORIDADES VARIAM DE ACORDO COM A RENDA – Para os entrevistados de renda familiar mais baixa, o desemprego e a pobreza são problemas mais preocupantes do que para os demais. No grupo de pessoas de faixa de renda familiar mais alta – acima de cinco salários mínimos -, o desemprego aparece como 10º principal problema. Já entre os que recebem até um salário mínimo, aparece na 4ª posição do ranking. O mesmo acontece com a pobreza, que surge em 12º lugar entre os que ganham mais e em 7º entre os que estão na faixa de renda mais baixa. Por outro lado, os impostos elevados ocupam a 6ª posição entre os que ganham mais e caem para a 10ª quando se analisa o grupo que possui renda familiar de até um salário mínimo.
PRINCIPAIS PROBLEMAS DO BRASIL
1º Corrupção (citada por 65% dos entrevistados)
2º Drogas (61%)
3º Violência (57%)
4º Lentidão da Justiça/impunidade (51%)
5º Saúde (50%)
6º Inflação (46%)
6º Desemprego (46%)
7º Impostos elevados (45%)
8º Desmatamento das florestas (42%)
9º Pobreza (41%)
PRIORIDADES PARA 2016
1ª Melhorar os serviços de saúde (36%)
2ª Controlar a inflação (31%)
3ª Combater a corrupção (26%)
3ª Promover a geração de empregos (26%)
5ª Melhorar a qualidade da educação (23%)
6ª Combater a violência e a criminalidade (22%)
6ª Reduzir os impostos (22%)
8ª Aumentar o salário mínimo (21%)
9ª Aumentar o combate às drogas (15%)
9ª Reduzir os gastos públicos (15%)