Mesmo sem patrocínio, policial de AL é vice-campeão mundial de Taekwondo
Conteúdo publicado por Divulgação em: 10/08/2013 às 19:55h.
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Com gazetaweb

Wistefânio Mota chegou a dormir no chão na Irlanda durante mundial de sua categoria

[singlepic id=14072 w=420 h=340 float=right]Literalmente ‘com a cara e com a coragem’, o policial alagoano Wistefânio Mota, atleta multicampeão de Taekwondo, viajou à Irlanda nutrindo um sonho: competir no mundial de sua categoria e, quem sabe, trazer uma medalha para o estado. E o desejo se tornou realidade. Ele foi vice-campeão mundial (com um ouro e uma prata). A alegria de subir ao pódio contrastou com o desespero de quase não conseguir viajar por falta de dinheiro.

Para ter recursos, o atleta não teve patrocínio do poder público, mas lutou até que conseguiu o valor das passagens de avião e um pouco de reserva para pernoitar em albergues ou pequenas pousadas naquela nação. O policial lembra que teve noites de se deitar no chão de estações de trem e de metrô, já que não tinha dinheiro para o conforto da cama de um apartamento.

Antes de seguir para a Irlanda, ele tentou de todas as maneiras um grande patrocínio para bancar a viagem. Sem sucesso, o atleta apelou para a venda de camisetas que ganhou, a ajuda de amigos, familiares e ainda a oferta de R$ 2 mil de uma fundação. Mesmo assim, as passagens não estariam garantidas com o valor arrecadado. O amigo dele, também atleta de Taekwondo, disponibilizou o cartão de crédito e o embarque foi assegurado.

Somente com passagens, o militar desembolsou em torno de R$ 4.300 e a hospedagem, em albergue, teve valor diário de R$ 100. Ele permaneceu na Irlanda por 10 dias, já que o evento começou dia 1º e termina neste sábado (10).

Em Alagoas, o policial Wistefânio foi 16 vezes campeão na sua categoria. Ele coleciona nada mais nada menos que 65 títulos, alguns deles por nocaute. Tem três internacionais e também já deixou a marca registrada em campeonatos nacionais.

“Foi uma grande conquista, não só para mim, mas para todos os brasileiros, especialmente os alagoanos. Foi uma luta tremenda para chegar até aqui, mas me senti com o dever cumprido, mesmo com a falta de patrocínio. Fiquei emocionado quando subi no pódio duas vezes para erguer a bandeira do Brasil e a de Alagoas. Quando vejo que os outros atletas têm patrocínio e eu não, e mesmo assim chego até as finais, é gratificante. Fico imaginando como seria se eu tivesse um patrocinador forte, pois o chinês que fiz a final tinha até massagista, preparador físico etc”, comentou o atleta.

Além dele, foram medalhistas no Mundial o policial federal Torres e o agente penitenciário Jerônimo Santos, ambos de Alagoas.

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