Com G1
Dia 29 de agosto é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo.
[singlepic id=14342 w=320 h=240 float=left]Nos últimos seis anos, o número de brasileiros que deixaram o vício do cigarro reduziu cerca de 20%, segundo os dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde (MS). No mesmo período, em Alagoas, segundo o levantamento, 36% dos fumantes abandonaram o hábito, melhorando a qualidade de vida.
Mesmo com a diminuição, uma estatística permanece a mesma: no Brasil, a frequência maior de fumantes permanece entre os homens: o número passou de 19% (2006) para 15% (2012). Entre as mulheres o índice caiu de 12% (2006) para 9% (2012).
Outro bom motivo para comemorar é a redução na frequência de fumantes passivos no domicílio, que passou nacionalmente de 12% para 10% em 2012, conforme mostra a pesquisa. Também houve diminuição de fumantes passivos no local de trabalho. O índice passou de 12% para 10%. E acompanhou a queda a frequência de homens que fumam 20 ou mais cigarros por dia 6% para 5%.
A pesquisa mostrou também que o hábito de fumar é maior entre pessoas com até oito anos de escolaridade (16%), quase o dobro da frequência observada entre as pessoas mais escolarizadas (12 anos ou mais), que atinge 9%.
O Vigitel tem objetivo de medir a prevalência de fatores de risco e proteção para doenças não transmissíveis na população brasileira e subsidiar ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças. O levantamento monitorou 45,4 mil adultos residentes em domicílios com telefone fixo em todas as capitais do país.
Uma novidade nesta edição do Vigitel é a atualização dos dados da população de referência levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No estudo deste ano foi utilizado o censo demográfico de 2010, e não de 2000. Ao utilizar informações mais atuais, os dados revelam uma população maior, mais escolarizada e também mais idosa.
Em função disso, as análises de tendência foram refeitas para o período de 2006 a 2012 – para todas as variáveis, incluindo o tabagismo – o que explica as possíveis diferenças nos números impressos em anos anteriores.
Mortalidade
Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) foram responsáveis por 63% de um total de 36 milhões de mortes ocorridas no mundo em 2008. No Brasil, as DCNTs foram responsáveis por 72,4% do total de mortes em 2011, com destaque para doenças do aparelho circulatório, neoplasias e diabetes.
De acordo com a OMS, um pequeno conjunto de fatores de risco responde pela grande maioria das mortes por DCNT, como tabagismo, câncer, doenças pulmonares e doenças cardiovasculares. Ainda hoje, o uso do tabaco continua sendo líder global entre as causas de mortes evitáveis.