Com Ascom Transpal
Na última segunda-feira (03), a Associação dos Transportadores de Passageiros do Estado de Alagoas fez no Tribunal de Justiça de Alagoas a apresentação dos argumentos que mostram a necessidade de ajuste da tarifa dos ônibus de Maceió. Mas, de acordo com a Transpal, o anseio é pelo equilíbrio econômico financeiro das empresas de ônibus. “Sabemos do clamor social e que é extremamente complicado para o usuário, assim como já é atualmente. Mas não podemos deixar como está porque as empresas já estão acumulando passivos e isso daqui a pouco vai gerar uma crise maior ainda do que já existe. Em todos os contratos mundo a fora o que se procura é o equilíbrio econômico financeiro. Qualquer prestador de serviço procura isso, e com as empresas de ônibus não podia ser diferente”, explica o assessor especial da Transpal, Alexandre Rangel.
Rangel afirma que o atual estágio é preocupante e as empresas correm o risco de fechar as portas em breve antes mesmo da licitação do transporte público.
“Comparando o orçamento de uma casa, se o salário da família é de 1 mil reais e se é gasto mais com as contas fixas você acaba deixando de pagar alguma coisa e negocia para que se pague depois ou de forma dividida. Estamos negociando o pagamento de impostos, mas pode chegar um momento que não vai ter espaço para mais negociações”, ressalta Rangel.
Ele diz ainda que o governo, em todas as esferas, tem se esforçado para atingir o equilíbrio. “O pagamento das patologias ainda está em projeto, assim como a desonerações municipais e estaduais. Se os projetos fossem aprovados poderíamos começar a pensar em outras formas de resolver os problemas das empresas e enveredar por outros caminhos que não o aumento da tarifa”, salienta.
A desoneração de impostos é considerada um primeiro e grande passo, segundo a Transpal. Segundo a Associação, com o pagamento das patologias pelo município, o não repasse do Fundo de Transportes Urbanos e a isenção do ICMS Sobre do diesel o pagamento do ICMS do combustível, Isenção de IPVA nos veículos do sistema de transporte coletivo ou qualquer outro subsídio pelo Estado representa hoje algo em torno de 10% de desoneração. Para atingir o equilíbrio financeiro, a necessidade é de que se tenha mais 10% de desoneração, lembrando que hoje Maceió tem o pior IPK (índice de passageiro por quilometro rodado) do nordeste, sendo 1,64 passageiros a cada um quilometro rodado enquanto outras capitais, como Natal tem 1,90, Aracaju 1,99 e Fortaleza 2,06, ou seja, lá tem mais passageiros que Maceió, afirma Alexandre Rangel.
“O governo federal já deu um bom passo com o isenção do PIS E DO Cofins e da desoneração da folha de pagamento”. Todo o setor torce pelo não aumento da tarifa que não é interessante porque faz com o que o público procure outras alternativas de locomoção que não o ônibus.”, disse Alexandre Rangel.