Na última eleição em que só o Conselho Deliberativo do Palmeiras tem direito a voto, Paulo Nobre foi o escolhido para presidir o clube na tentativa de fazê-lo disputar a Série A do Campeonato Brasileiro de 2014, ano do centenário do Verdão. O empresário de 44 anos teve 153 votos, superando Décio Perin, com 106.
Nobre conseguiu eleger também todos os vice-presidentes de sua chapa. Mauricio Precivalle Galiotte (121 votos) bateu Salvador Hugo Palaia (75) e Rita de Cássia Consentino (62), Genaro Marino Neto (149) superou Celso José Bellini (102), Antonino Jesse Ribeiro (113) derrotou João Gavioli (100) e Dalvio Pedro Barrichello (330) e Victor Fruges (141) ganhou de Rubens Reis de Souza Junior (105).
O sucessor de Arnaldo Tirone contou com uma campanha baseada em avanço nos principais departamentos do clube. O foco do novo presidente está nos sócios torcedores, para quem pretende dar condição de voto nas eleições, alcançando 100.000 cadastrados.
No futebol, Nobre prometeu buscar um manager no estilo europeu, mas já admitiu que terá dificuldade para encontrar alguém com esse estilo até deixar o cargo, nas eleições diretas de dezembro de 2014. Uma de suas primeiras missões será definir a contratação do argentino Riquelme, com quem o antecessor Arnaldo Tirone garante já ter feito um acerto salarial.
Paulo Nobre assume um clube com uma dívida de cerca de R$ 160 milhões e alega se apoiar em seu plano de governo para ter harmonia política. Derrotado por Arnaldo Tirone em 2011, o novo dirigente (que foi vice-presidente entre 2007 e 2009) ganhou força por se aliar ao grupo do ex-presidente Mustafá Contursi, garantindo também o apoio de Carlos Facchina Nunes, outro ex-mandatário, e de mebros da ala de Tirone.
Nobre quer deixar de correr rali nestes dois anos de sua gestão. Em outubro, por estar cumprindo contrato com a fábrica que o patrocina, faltou na reunião extraordinária em que o Conselho Deliberativo aprovou por unanimidade as eleições diretas e recebeu muitas críticas por isso.
COF – Os 15 membros eleitos do Conselho de Orientação e Fiscalização do clube são Savério Orlandi (144 votos), Francisco Gervásio Primo (135), Alberto Strufaldi Neto (131), Carlos Affonso Della Monica (131), Renato Casanova (131), Sérgio Moysés (129), Manoel Dantas Pinheiro Filho (128), Norberto Maurício Liotti (126), Antonio Sérgio Orciuolo (119), Mário Kaminski (113), Ademir Geová da Silva (112), Luiz Carlos Granieri (112), Sérgio Roberto Granieri (109), Luiz Bertanha Filho (108) e Caetano Fortino Neto (107).
Os sete suplentes escolhidos foram Hislande Pereira Bueno Júnior (105 votos), Antonio Carlos Bruno (103), Clemente Pereira Júnior (101), Flávio Luiz Amadei (101), Januário Gagliardi (98), Elio Esteves (95) e Wladimir Tomanik (92).
Também fazem parte do COF os cinco ex-presidentes vivos, que se tornam membros natos: Affonso Della Monica (mandatário de 2005 a 2009), Arnaldo Tirone (de 2011 a 2013), Carlos Bernardo Facchina Nunes (de 1989 a 1992), Luiz Gonzaga Belluzzo (de 2009 a 2011) e Mustafá Contursi (de 1993 a 2005).