Os detalhes ainda são mantidos em sigilo, mas a polícia confirma que descobriu um plano para assassinar os deputados alagoanos Dudu Holanda e Raimundo Tavares. O principal suspeito de articular os crimes é o deputado estadual Cícero Ferro, que negou ter contratado policiais militares de Alagoas e Pernambuco para matar os dois parlamentares.
[singlepic id=2912 w=640 h=437 mode=watermark float=left]O plano foi descoberto pela Superintendência da Polícia Federal, de Pernambuco, e informada para a PF em Alagoas, que investigou o caso e conseguiu, inclusive, interceptar quatro militares que estavam em dois veículos, um Vectra e um Gol. A prisão teria ocorrido depois minutos depois de os quatro PMs terem se reunido com Cícero Ferro para traçar os planos de execução de Dudu Holanda e Maurício Tavares.
Segundo as investigações, Dudu Holanda seria assassinado na noite do dia 31 quando saísse de um edifício na orla da Pajuçara. Já Tavares, que estava em Portugal para as comemorações do réveillon, seria morto logo que retornasse para Alagoas na segunda-feira (2). Os detalhes da emboscada não foram revelados pela Polícia Federal.
As informações movimentaram toda a cúpula da Defesa Social, da Polícia Civil e da Polícia Federal, em Alagoas. Uma reunião foi realizada na sede da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), no bairro do Farol, para revelar o plano ao deputado Dudu Holanda e a Raimundo Tavares, irmão do deputado Maurício Tavares.
Por meio da assessoria, o delegado geral José Edson Freitas confirmou que se reuniu com Holanda e Raimundo Tavares para passar detalhes do plano descoberto. No entanto, o delegado informou ainda não iria se pronunciar novamente sobre o fato, já que está sendo investigado de forma sigilosa pelas polícias Civil e Federal.
O Tudo na Hora conversou com o advogado de Cícero Ferro, Welton Roberto, sobre as suspeitas contra o deputado, mas ele preferiu não se pronunciar, já que também é advogado do deputado Dudu Holanda. “Ainda vou conversar com os dois para saber mais detalhes, mas inicialmente prefiro não falar”, disse.
Na condição de suplente, Cícero Ferrro assumiu o mandato de deputado depois que Dudu Holanda se afastou por 120 dias da Assembleia Legislativa Estadual (ALE). Anteriormente, Ferro já havia assumido a cadeira de Maurício Tavares, que se afastou do cargo em agosto.
Cícero Ferro responde a processo por crimes de homicídios, contra o primo Jacó Ferro e do vereador de Delmiro Gouveia, Fernando Aldo. O parlamentar chegou a ter a prisão preventiva decretada, mas foi beneficiado por ter assumido a vaga na ALE, já que deputado somente pode ser preso em flagrante de crime inafiançável.
Fonte: www.tudonahora.com.br