Provas mostram que Síria usou gás sarin, diz secretário de Estado dos EUA
Conteúdo publicado por Divulgação em: 02/09/2013 às 6:40h.
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Com IG

‘Amostras de sangue e cabelo que chegaram até nós testaram positivo para traços de sarin’, diz Kerry à CNN

[singlepic id=14358 w=420 h=340 float=right]Provas mostram que o regime sírio usou gás sarin em um ataque contra sua própria população, disse o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, no “State of the Union”, na CNN. “Amostras de sangue e cabelo que chegaram até nós de equipes que prestaram os primeiros-socorros no leste de Damasco testaram positivo para traços de sarin”, disse Kerry.

As provas – que foram compiladas de forma independente da ONU – fortalecem o pedido do presidente dos EUA, Barack Obama, para lançar um ataque contra a Síria, afirmou. “A cada dia que passa, esse caso é ainda mais forte”, disse Kerry, classificando a situação de “questão clara”. O governo Obama diz ter certeza de que a Síria é a responsável pela ação, apesar das negativas do regime.

O anúncio de Kerry foi feito enquanto o governo Obama trabalha para conseguir o apoio dos legisladores para um ataque contra a Síria. A ação militar parecia iminente até sábado, quando Obama anunciou que primeiramente buscaria aprovação do Congresso , que volta do recesso em 9 de setembro.

“Apesar de acreditar que tenho a autoridade para lançar esse ataque sem uma autorização específica do Congresso, sei que o país ficará mais forte se adotarmos esse rumo, com nossas ações sendo ainda mais efetivas”, disse Obama no sábado. A Lei de Poderes de Guerra, de 1973, tecnicamente permite ao presidente dos EUA atacar sem autorização prévia.

Líderes mundiais já haviam dito previamente que o sarin havia sido usado na guerra civil Síria, que deixou mais de 100 mil mortos desde seu início, há mais de dois anos e meio.

Os congressistas americanos estão profundamente divididos sobre o que os EUA devem fazer depois do suposto ataque químico em 21 de agosto . Segundo o governo Obama, o ataque deixou 1.429 mortos , incluindo mais de 400 crianças, total bem maior do que estimativas anteriores que apontavam centenas de mortos. A inteligência britânica informa que o número de mortos ultrapassaria os 350, número similar aos 355 apontados pelos Médicos Sem Fronteiras .

O governo sírio negou que tenha usado armas químicas, afirmando que jihadistas que combatem os rebeldes usaram o armamento não convencional em uma tentativa de virar os sentimentos do mundo contra o regime de Assad.

Risco de retaliação

As autoridades americanos estão reforçando suas medidas de segurança domésticas. O FBI (polícia federal americana) e o Departamento de Segurança Interna estão alertando para um risco maior de ciberataques depois de meses de intervenções de hackers conhecidos como Exército Eletrônico da Síria.

O Reino Unido já votou contra uma ação militar , e a França disse que não atuará sem os EUA como parceiro. “França não pode agir sozinha”, disse o ministro do Interior Manuel Valls à Europe Radio 1 neste domingo. “Tem de haver uma coalizão.

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