Por Juliana Crisóstomo
“É importante perceber que o despertar depende de você.” (Roberto Shinyashiki)
Voltar ao trabalho é um ânimo indescritível para quem estava desempregado.
O que foi o meu caso!
[singlepic id=10547 w=320 h=240 float=right]Pois é, a pouco mais de um mês comecei um novo trabalho, um novo desafio que me injetou alegria no meu dia-a-dia pessoal e profissional.
Foram quase 5 torturosos meses em casa. Que afetaram várias áreas da minha vida, não só a financeira. E sei que vocês perceberam ausência das minhas matérias na nossa coluna RH e Você… o desânimo foi total!
Mas agora eu voltei a estar junto de vocês. E vou tentar sempre contribuir da melhor forma para esclarecer, informar e ajudar a todos.
Nesse retorno, quero usar esse nosso assunto, Um Novo Trabalho, para relatar o que passei nesses meses, em que estive desempregada. Ou melhor, disponível no mercado de trabalho.
Foram cinco meses intermináveis, preenchidos de várias entrevistas, etapas de processos seletivos, promessas de oportunidades, que no fim, além da angustia, ansiedade, desânimo, ficaram termino, sem um ponto final. Isso mesmo, ficaram todas sem respostas. Foram várias entrevista que participei, e numa proporção realista digamos que em casa 10 processo seletivo, 1 me deu um retorno referente à escolha da vaga.
Colocando-me do lado de cá da situação, de quem está em busca de um emprego, como é aflitivo esses processos seletivos, não é? Eu, como recrutador, sempre procuro não estender esses processos pelo bem estar da pessoa que está ali concorrendo e precisando daquela oportunidade.
Mas a nossa realidade é bem outra. O que vejo e o que senti é, a procura de um profissional pronto, super qualificado, onde, a remuneração não é adequada ou se é uma remuneração adequada ao perfil que se procura, a seleção nunca é bem sucedida, devido as exigências expostas naquele perfil.
Claro que como empresa, elas têm razão em querer para si um profissional qualificado e que venha a somar ao seu crescimento. Mas tenho certeza que muitos de vocês, olhando a relação das atividades que aquele profissional deve desempenhar deve ter se assustado. Além disso tudo, ainda pesa a questão da idade. Você tem que ser super qualificado, não pode ter uma idade mais avançada e tem que ter experiência comprovadas em cada requisito proposto.
Fica cada vez mais complicado associar o que se quer, ao que se tem.
Participei de seleções para cargos de níveis de Coordenação e Gerência, onde meu perfil se encaixava perfeitamente, mas a remuneração, no mercado de trabalho daqui estava igual a um profissional de nível de assistente. Muitas pessoas caem na ilusão de aceitar oportunidades assim, com um salário abaixo do mercado, só para preencher suas carteiras de trabalho com o cargo de “gerente”, “coordenador”. Além da ilusão de que vai conseguir demonstrar a capacidade e melhorar o salário. Passam alguns meses e vem a sensação de que está sendo usado, pois se ganha pouco, trabalha-se muito, não é reconhecido e a desmotivação é total. Será que vale a pena? Eu particularmente, acho que não.
Você tem que valorizar o profissional que você é. Claro que com os pés no chão, aproveitando as oportunidades, mas sem se deixar explorar.
O que mais vale na sua vida profissional? Na minha vida profissional, eu digo que preciso estar feliz no meu dia-a-dia de trabalho, fazendo algo que gosto. “Muitas vezes vale mais ganhar pouco e ser feliz na sua função, no trabalho que você desenvolve e na empresa que você trabalha, do que ganhar muito bem, fazendo algo que não te faz sorrir ao sair de casa pra ir trabalhar”. Já escutei muita gente falando isso. E sinceramente, eu concordo plenamente!
Não desanime jamais. Confie sempre!
Estou feliz e estou de volta!
“Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende. Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.”
(Cora Coralina)