Uma paralisação de advertência liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Alagoas (Sinttro-AL) pegou de surpresa os maceioenses que ficaram sem transporte coletivo urbano nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, dia 8. Seis das sete empresasque atuam na capital, suspenderam suas atividades até às 8h da manhã de hoje – horário em que os coletivos devem deixar as garagens. Segundo a categoria, a reivindicação decorre da morosidade dos empresários em negociar o reajuste salarial.

Apenas os profissionais da linha Tropical não suspenderam as atividades. As paradas de ônibus das principais avenidas da cidade estão abarrotadas de usuários e o congestionamento nas Avenidas Menino Marcelo e Fernandes Lima é intenso.

Como os ônibus ainda estão deixando as garagens, a normalização das atividades deve durar cerca de duas horas. A opinião da população sobre a paralisação está dividida. A maior parte dos usuários é a favor da paralisação, mas não do modo como foi feita. “Sabemos que eles têm o direito de reivindicar melhores condições, mas a categoria teria que emitir uma nota comunicando sobre a paralisação para não prejudicar a população”, reclamam usuários do bairro Jacintinho.

A categoria explica que o silêncio sobre o ato é para evitar uma manobra dos empresários em conseguir liminar impedido a categoria de suspender as atividades, ainda que por curto tempo.

Os rodoviários pedem ainda reajuste de 15% sobre o salário e 20% no ticket alimentação.

Uma Comissão Especial de Inquérito formada pela Câmara Municipal de Maceió, intitulada CEI da Transpal, investiga o aumento das tarifas dos transportes públicos da capital. No último dia 31 de maio, os integrantes da CEI, por meio da assessoria da Câmara, divulgaram nota confirmando que foram encontradas irregularidades nas planilhas de custos enviadas pelas empresas de ônibus.

Uma reunião marcada para o dia 18 de junho foi marcada por integrantes da CEI para ouvir os empresários do sistema de transporte coletivo de Maceió. “Iremos ouví-los individualmente”, disse o presidente da CEI, vereador Paulo Corintho (PDT).