A Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz-AL) divulgou, nesta segunda-feira (13), o novo boletim do movimento econômico em Alagoas que constata que as atividades econômicas de atacado, varejo e indústria, obtiveram um crescimento nominal, em conjunto, de 26% no mês de agosto de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior.
A Sefaz analisou os documentos fiscais eletrônicos emitidos no período, avaliando os efeitos das medidas de regulação das atividades econômicas durante a pandemia na economia do estado e como esta vem se comportando diante deste cenário. O crescimento ocorreu de forma balanceada entre as três atividades econômicas.
Atacado
O setor atacadista teve aumento de 22% no seu total, com ênfase positiva nos segmentos representativos atacadista de material de construção (31%), atacadista de alimentos (20%) e atacadista de bebidas (17%), que representaram 71% dos valores totais emitidos. Neste segmento, apenas duas apresentaram variações negativas no período, alcançando menos de 1% do total de emissões do período.
Varejo
Já o Varejo também apresentou um crescimento de 22% no seu total, destacando os valores mais significativos de emissões: o comércio varejista de veículos (37%), hipermercados e supermercados (31%), combustíveis (30%), medicamentos (24%) e alimentos em geral (18%), que representam 66% do total de emissões do período.
Em especial, alguns setores tiveram um crescimento representativo, como: os frigoríficos e peixarias (83%), varejista de bebidas (82%), calçados (33%), produtos químicos (19%), dentre outros. Mas, estas atividades somadas representam apenas 3% do total de emissões do período.
Na ocasião, houve um aumento significativo em termos percentuais nas atividades econômicas, havendo uma volta gradativa ao funcionamento destas, obedecendo aos decretos estaduais emitidos, objetivando o controle da pandemia da COVID-19 em alagoas.
Industrial
O segmento industrial teve crescimento de 35% no total, tendo se destacado positivamente entre os valores mais significativos a fabricação de cloro e álcalis (474%), fabricação de produtos químicos (45%), petróleo e gás (44%), fabricação de alimentos (34%), fabricação de açúcar (23%) e a fabricação de resinas (5%), representando 67% dos valores de emissões no período. As atividades que tiveram resultados negativos foram fabricação de álcool (-68%) e fumo (-45%), representando 6% do total de emissões no período.
Bares e restaurantes
A atividade econômica de bares e restaurantes está enquadrada em prestação de serviços, porém, devido ao fato desta ter sido afetada diretamente pelos decretos estaduais que restringiram as atividades econômicas, faz-se necessária uma análise desta atividade de forma específica. Fazendo uma análise comparativa de janeiro a agosto/2021 com o mesmo período do ano anterior, verifica-se um crescimento médio nominal nesta atividade de 93%.
Além disso, também foram analisadas as atividades de bares e restaurantes, que apresentaram um resultado positivo em agosto de 2021. Foi verificado um crescimento nominal mensal de 4% em janeiro, 9% em fevereiro, 6% em março, 133% em abril, 181% em maio, 152% em junho, 194% em julho e 92% em agosto, quando comparados com os mesmos meses do ano anterior.
Vale lembrar que neste mês do ano anterior bares e restaurantes funcionavam com redução da capacidade e do horário de atendimento, conforme Decreto Estadual 70.145/2020.
De acordo com a análise do órgão, deste período de janeiro a agosto/2020, a atividade possuía tendência à queda, haja vista as condições de pandemia terem se agravado ao longo destes meses. No entanto, em 2021 observa-se uma leve recuperação, principalmente com os decretos estaduais emitidos em agosto/2021, que liberaram esta atividade das 5h às 00h para atendimento local, podendo funcionar após este horário para os serviços de entrega.
O Secretário Especial da Receita Estadual, Luiz Dias, explica que a divulgação destas informações econômicas é importante para a sociedade e para o Governo do Estado. “São ferramentas estatísticas que ajudam na definição de novas estratégias de combate à pandemia, e na tomada de decisão quanto à aplicação de novas medidas para a recuperação da economia alagoana. É fundamental que a população saiba o que está ocorrendo na economia do Estado e as medidas que a gestão pública está fazendo em busca da saúde econômica e financeira do Estado de Alagoas“, concluiu.