Firme pelo menos até os próximos 40 anos, a raça equina quarto de milha é uma das mais populares do mundo e tem seu mercado consolidado pela versatilidade enraizada em seu potencial genético. Quem compra animais dessa raça tem qualidade comprovada de cavalos e éguas de fácil adaptação às provas esportivas que exigem força, habilidade e velocidade.
A raça lidera as estatísticas equinas no mundo com a estimativa de ser dona da 60% do planel de equinos registrados no planeta. No mercado brasileiro, o país registrou até 2016 mais de 505 mil animais. O plantel brasileiro só fica atrás do mercado dos Estados Unidos, berço da raça.
De acordo com o especialista na raça, Beto Duwel, no Brasil a paixão pode ser vista dentre as 21 modalidades esportivas disputadas por vaqueiros, amazonas e cavaleiros. “A proximidade do mercado americano, a rusticidade desse cavalo, sua força e vocação para velocidade o fez polivalente e popular por aqui. Em um curto espaço de tempo, menos de 50 anos, temos o segundo melhor plantel da raça“, explicou.
Em meio a mercado milionário do QM, um dos mais rentáveis do agronegócio, e com uma visão cada vez mais direcionada ao “negócio”, os criadores brasileiros tem se preparado e aprofundado seus conhecimentos para aperfeiçoar genética animal visando a formação de campeões.
“Era muito comum a importação de animais de genética renomada dos EUA, mas com o passar do tempo, e uma maior dedicação científica, o cenário brasileiro avançou em genética, conseguindo formar animais equiparado ao patamar americano, e o que é melhor: imprimindo as necessidades específicas para um segmento como a vaquejada, por exemplo“, explica o quartista alagoano Cícero Andrade, titular do Rancho Vale Rico.
Sólido e um dos mais organizados, o mercado do quarto de milha tem a chancela da Associação Brasileira dos Criadores de Quarto de Milha (ABQM). Segundo a entidade, no Nordeste, em 2016, o mercado continuou movimentado e com novos investimentos. No âmbito nacional, foram realizados 199 leilões, sendo 117 presenciais e 82 virtuais, com faturamento superior a R$ 232,2 milhões.
Vaquejada
O mercado da vaquejada tem gerado demandas em larga escala por cavalo quarto de milha e aquecido o agronegócio. Ao longo dos anos, os quartistas da vaquejada, de acordo com as características da prova, modelaram a linhagem do esporte, firmando uma cadeia produtiva.
Além do número de provas, com a vaquejada, houve maior geração de emprego e renda nos municípios, número de competidores e categorias, além de parques e leilões. “O mercado tem aberto espaço para bons trabalhos, que mostrem resultado na vaquejada. A cada dia mais aquecido e com mais conhecimento em genética de precisão, a vaquejada é o esporte que mais tem consumido animais da raça”, pontuou.
Prova da estabilidade do mercado do QM, o criador, na estreia de seu leilão, Leilão Rancho Vale Rico, em 2016, obteve um dos melhores faturamentos de 2016 com a venda de R$ 4 milhões. Este ano, a seleção Vale Rico volta ao tatersal e quem desejar adquirir potros, potras e matrizes em preparação para vaquejada não deve perder a segunda edição do remate no dia 22 de setembro, em Maceió/AL. Serão 43 lotes e mais vendas de coberturas limitadas do garanhão reconhecido nacionalmente – Diego Steel. A relação de lotes se encontram no site www.mbaleilões.com.br .
SERVIÇO
2º Leilão Rancho Vale Rico
Data: 22/09/2017
Local: Espaço Pierre Chalita –Maceió/AL
Hora: 20h
Informações: Beto Duwel – (11) 99219-3137