Entidade busca concessão para militares viajarem a trabalho sem uniforme a fim de minimizar a violência dos assaltantes
[singlepic id=3993 w=320 h=240 float=left]Em uma reunião cordial realizada na manhã desta quarta-feira (21), na Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (ARSAL) entre o vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados em Alagoas (ACS/AL), cabo BM Rogers Tenório e o presidente da ARSAL, Waldo Wanderley foram abordadas diversas questões acerca da insegurança dos militares em viajarem fardados a trabalho em vans e micro-ônibus e o que isto pode ocasionar, caso esta situação não seja mudada.
A ACS/AL desde o início do ano passado tem buscado melhorias na segurança dos policiais e bombeiros militares, durante as viagens intermunicipais a trabalho, solicitando aos sindicatos por intermédio de ofícios e encontros uma concessão para que eles possam se deslocar seu o uniforme. Entretanto, algumas dificuldades têm sido encontradas pela associação, pois poucas respostas foram recebidas até agora, e em paralelo militares estão morrendo, vítimas de meliantes, por estarem fardados, tornando-se alvos primários nestas circunstâncias e prejudicando, inclusive a segurança de motoristas, passageiros e cobradores.
Para o vice-presidente da ACS/AL, cabo BM Rogers Tenório, a luta da entidade não é necessariamente pela gratuidade nas viagens intermunicipais que realizam regularmente a trabalho, pois esta concessão os militares já têm.
“A questão vai mais além, porque acima dela está a segurança dos passageiros, motoristas e dos próprios PMs e BMs. Para os militares obterem a gratuidade em vans e micro-ônibus é necessário estarem fardados, e isto pode gerar risco de morte para todos que estão no transporte quando ocorrer algum assalto, levando em consideração que o meliante irá atirar primeiramente no policial ou bombeiro militar por perceber que podem reagir”, explicou Tenório.
[singlepic id=3994 w=320 h=240 float=right]O presidente da ARSAL, Waldo Wanderley, disse entender os argumentos do representante da ACS/AL, pois o militar fica mais suscetível a ser atingido por um meliante e se ele estiver à paisana, a viagem fica mais segura. “É preciso que as empresas de transporte entendam o lado operacional de vocês. Podemos intervir aconselhando e mostrando o problema à população. Creio que se os militares podem ter acesso à concessão viajando fardados, porque não podem ter acesso ao transporte mostrando somente o documento militar? Iremos sensibilizar os sindicatos, mas lembramos que a ARSAL só tem o poder de regulamentar. Não podemos obrigar as empresas de transportes complementares autônomos, a não ser que seja elaborada uma lei, mas faremos o possível para ajudar”, afirmou Wanderley.
A diretoria da ACS/AL enviará um novo ofício para a ARSAL solicitando uma reunião com todos os líderes dos sindicatos de transportes de Alagoas, a fim de tentar encontrar uma saída para esta situação. “Se esta concessão não for estendida para PMs e BMs poderem utilizar o transporte sem uniforme, iremos procurar os meios legais para esta conquista”, finalizou Rogers Tenório.
Por: Deisy Nascimento
Jornalismo e Assessoria
MTE/AL 1392