O governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) cumpriu uma extensa agenda de entrevistas na manhã desta quinta-feira, dia 31, nos veículos de comunicação de Alagoas. Em pauta, o resultado dos dois dias de reuniões com ministros do governo Dilma, em relação à implantação do Plano Piloto de Segurança Pública para Alagoas. Apesar de ter considerado as conversações ‘positivas’, Vilela informou que as medidas efetivas a serem implantadas só serão anunciadas dentro de 15 dias, com a presença do ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, em Alagoas.
Vilela voltou a ressaltar que seu governo vem ‘fazendo o dever de casa’ com a implementação da polícia comunitária, bases comunitárias, ronda cidadã, videomonitoramento (em licitação), além de investimentos em comunidades terapêuticas, “mas é preciso uma ação deferenciada, semelhante a que ocorreu no Rio de Janeiro”, defendeu o chefe do Executivo.
O governador, ao contrário do seu secretário de Defesa Social, que por diversas ocasiões questionou a metodologia de ONGs e organismos internacionais que apontam Alagoas como o Estado mais violento do país, admitiu que o estado enfrenta um crescente nos índices de violência. “São 66 mortes violentas por 100 mil habitantes, são números de guerra e não pode tolerar isso”, defendeu de forma enfática.
Teotonio também fez questionamentos importantes quanto ao enfrentamento no combate o tráfico de drogas. Segundo ele, o “estado não fabrica drogas, por isso é fundamental uma ação efetiva das polícias federal e rodoviária federal”. Vilela acredita que com isso contribuirá para a redução do tráfico no Estado e sentenciou “90% dos homicídios em Alagoas decorrem do crack”.
O chefe do Executivo voltou a confirmar a realização do concurso da Polícia Militar, autorizado pela Procuradoria Geral do Estado.