Por Juliana Crisóstomo
[singlepic id=11820 w=380 h=450 float=right]Até que ponto você deixa seu trabalho interferir na sua vida pessoa? Você já parou pra pensar sobre isso?
Sabemos que no mundo de hoje a dedicação profissional é cada vez mais, vista como um diferencial nas empresas.
Mas o que seria dedicação profissional? Será que estamos esquecendo o nosso lado pessoal e confundindo os termos. E usando o termo errado como desculpas para não sermos apontados como profissionais que não se desligam? Já pensou sobre isso?
As exigências do mercado de trabalho fazem com que muitos precisem cumprir prazos, atingir metas e essa pressão psicológica acaba servindo de desafio e fazendo com que esqueçamos que não fomos feitos apenas para o trabalho e que há um mundo lá fora cheio de coisas boas para serem experimentadas e vividas. Fora que as pessoas não conseguem se desligar do trabalho, mostrando a sua “dedicação” excessiva, prejudica sua vida pessoal, tanto em seus relacionamentos, como seu descanso e consequentemente, sua saúde.
Já vi e escutei pessoas, com semblante de preocupação, dizerem em momentos de descontração a seguinte frase: “Como posso relaxar, se segunda-feira o bicho vai pegar lá na empresa? Eu ainda não sei como vou resolver os problemas.”
Muitos deixam de dormir, ou abre mão de viver suas vidas, para se dedicar ao trabalho nas suas horas de descanso, até nos finais de semana, ficando em casa, atrás de computadores, trabalhando, criando planilhas, contratos. Não conseguem dormir, quando conseguem, acordam no meio da noite, se alimentam constantemente de trabalho, trabalho, trabalho.
Muitos não se dão conta que a vida ta passando, seus filhos crescendo, esposas e maridos, indo embora lentamente de suas vidas. E ainda tem os que nem esposas e maridos têm, porque não há tempo pra se dedicar em desenvolver um relacionamento seja com amigos ou um namoro, um noivado, quanto mais um casamento. Filhos então, nem pensar, é tomar muito tempo.
As empresas oferecem aos seus colaboradores, computadores com acesso a internet, celulares com suas contas pagas por elas, tudo a ponto de favorecer essa tal “dedicação”, e você acaba se obrigando a atender telefones fora de horário, atendendo pedido de envio de documentos, planilhas, contratos e etc.
Porém, não podemos nos sentir culpados quando passamos um final de semana sem lembrar ou se “dedicar” ao trabalho. É só temos ciência de nossas obrigações pessoal e profissional, do que podemos fazer, onde queremos chegar e organizar todo o nosso dia-a-dia de forma saudável. Só assim, podemos nos sentir felizes no trabalho e principalmente, fora dele.
“O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela.” (Fernando Pessoa)